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Existe diferença entre banco e fintech? Descubra!

6 Min leitura

Será que existe diferença entre banco e fintech? Se essa dúvida já passou pela sua cabeça, este conteúdo é para você! 

Aqui, vamos explicar de forma simples as características que distinguem esses dois tipos de instituições, como elas funcionam na prática e a importância de cada uma no mercado de crédito.

Afinal, com o avanço da tecnologia e a digitalização dos serviços financeiros, esse é um tema que desperta cada vez mais interesse, especialmente para quem deseja entender como o setor evoluiu nos últimos anos. Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto!

O que é um banco?

Os bancos podem ser definidos como instituições financeiras que têm como especialidade intermediar o dinheiro entre pessoas e empresas que possuem dinheiro disponível (poupadores) e aqueles que necessitam de acesso a recursos (tomadores de crédito). A função principal desse tipo de instituição é custodiar, ou seja, guardar o dinheiro dos clientes.

No Brasil, o Banco Central é o órgão regulamentador dos bancos. Ele atua para que as regras e regulações definidas pelo Sistema Financeiro Nacional (SFN) sejam seguidas. 

Ao mesmo tempo, é por meio dos bancos que os clientes podem realizar diversos serviços financeiros, como abertura e manutenção de contas, saques, empréstimos, investimentos, emissão de boletos, entre outros. 

Quais os tipos de bancos existentes?

O universo bancário é muito mais amplo e diversificado do que parece. Existem diferentes tipos de bancos, cada um com funções, públicos e objetivos específicos — desde atender pessoas físicas e pequenas empresas, até financiar grandes projetos de infraestrutura ou operar no mercado internacional. 

Saiba mais no infográfico abaixo!

O que é uma fintech?

Você sabe o que significa fintech? Fintech é a junção das palavras “financial” (financeiro) e “technology” (tecnologia). 

Dito isso, as fintechs são instituições financeiras que utilizam recursos tecnológicos para fomentar inovações no mercado financeiro e atuam por meio de sistemas on-line, oferecendo serviços digitais para o setor. 

Quais os tipos de fintech existentes?

As fintechs são regulamentadas desde abril de 2018 pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e são classificadas a partir das seguintes categorias:

  • Crédito;
  • Pagamento;
  • Gestão financeira;
  • Empréstimo;
  • Investimento;
  • Financiamento;
  • Seguro;
  • Negociação de dívidas;
  • Câmbio;
  • Multisserviços;
  • Entre outras.

Imagem de um homem negro explicando algo na tela de um computador para uma mulher branca. Eles trabalham em uma fintech.
As fintechs atuam por meio de sistemas on-line e utilizam recursos tecnológicos para fomentar inovações no mercado financeiro.

Qual a diferença entre fintech SCD e SED?

As categorias de fintech existentes estão autorizadas a funcionar como Sociedade de Crédito Direto (SCD) ou Sociedade de Empréstimo Entre Pessoas (SEP), cujas operações constarão do Sistema de Informações de Créditos (SCR)

Cada um desses modelos possui normas próprias e específicas. Entenda melhor sobre essas características a seguir!

Sociedade de Crédito Direto (SCD)

As SCDs são modelos de negócio que utilizam recursos próprios e são caracterizados pela realização de operações de crédito por meio de plataformas eletrônicas. Portanto, essa categoria não pode fazer captação de recursos do público (ou seja, receber depósitos).

Sociedade de Empréstimo entre pessoas (SEP)

Já as SEPs podem realizar operações de crédito entre pessoas. São conhecidas no mercado como peer-to-peer lending e atuam como uma ponte entre o credor e o devedor, realizando uma operação de intermediação financeira, que pode ser custeada por meio da cobrança de tarifas.

Além disso, ao contrário da SCD, a SEP pode fazer captação de recursos do público. Contudo, para que isso seja possível, as fintechs enquadradas como SEP precisam estar inteira e exclusivamente vinculadas à operação de empréstimo.

Operações e serviços prestados pela SCD e SEP
SCDSEP
Empréstimo, financiamento e aquisição de direitos creditórios exclusivamente por meio de plataforma eletrônica.Empréstimo e de financiamento entre pessoas exclusivamente por meio eletrônico.
Análise de crédito para clientes e terceiros.
Cobrança de crédito para clientes e terceiros.
Representação de seguros relacionados aos empréstimos, nos termos da regulamentação do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). ​
Emissão de moeda eletrônica.
Iniciação de transações de pagamento. ​

Principais diferenças entre fintechs e bancos tradicionais

Chegou o momento de compreender qual a diferença entre fintech e banco! Mas, antes de tudo, vale lembrar que essas diferenças de abordagem não criam necessariamente conflito, apenas refletem modelos distintos de atuação. 

No final, tanto as fintechs quanto os bancos têm a mesma missão: atender clientes e oferecer soluções financeiras para cada tipo de necessidade, podendo coexistir de maneira competitiva e colaborativa ao mesmo tempo.

Agora, vamos entender as principais características dessas duas instituições: bancos e fintechs!

Regulação

Bancos: fortemente regulados pelo Banco Central; precisam cumprir regras rígidas de capital, compliance e governança, o que garante maior segurança e estabilidade ao sistema financeiro.

Fintechs: podem ser reguladas (quando atuam como instituições financeiras) ou operar com autorizações específicas, a depender do tipo de serviço. Essa flexibilidade permite mais agilidade e inovação na oferta de produtos.

Infraestrutura

Bancos: contam com ampla estrutura física, como agências e caixas eletrônicos, além de sistemas robustos, o que facilita o atendimento presencial e abrangência nacional.

Fintechs: atuam de forma digital, com operações baseadas em aplicativos e plataformas on-line, proporcionando praticidade e acesso rápido aos serviços.

Imagem de uma mulher negra realizando um saque em um caixa eletrônico.
Os bancos tradicionais contam com agências físicas, rede de caixas eletrônicos e grandes sistemas inteiros.

Abertura de conta

Bancos: permitem abertura de conta presencial ou digital, com verificação documental mais tradicional e suporte direto para clientes que preferem atendimento humano.

Fintechs: realizam o processo de forma totalmente on-line, com validação de documentos via aplicativo e abertura rápida, ideal para quem busca agilidade.

Crédito

Bancos: oferecem linhas de crédito consolidadas, com histórico de solidez e segurança, embora possam ter processos mais formais e análises mais detalhadas.

Fintechs: utilizam tecnologia e análise de dados para oferecer crédito de forma mais personalizada e ágil, com menor burocracia e soluções adaptadas ao perfil do cliente.

Inovação

Bancos: vêm investindo fortemente em transformação digital, modernizando sistemas e serviços para acompanhar as novas demandas do mercado.

Fintechs: têm a inovação como essência, apostando em soluções tecnológicas, integrações com outros aplicativos e experiências digitais intuitivas.

Atendimento ao cliente

Bancos: oferecem múltiplos canais de atendimento, incluindo presencial, call center e digital, com a vantagem da proximidade física em muitas regiões.

Fintechs: priorizam o atendimento on-line e instantâneo, via chat, e-mail, WhatsApp ou app, com foco em respostas rápidas e personalização da experiência. 

Imagem de uma mulher branca, do cabelo loiro, olhando para a tela do celular e para o cartão.
Nas fintechs, os atendimentos costumam ser feitos exclusivamente de forma on-line, com foco em experiência rápida e personalizada.

Lembrando que, apesar dessas distinções existirem, essas características de um banco ou fintech, que costumam diferenciar cada uma delas, não são um padrão absoluto e podem variar de empresa para empresa.

Bancos e fintechs são inimigos?

Bancos e fintechs não são inimigos, pois ambos atuam de forma complementar, contribuindo para um mercado financeiro mais diverso e acessível.  

Muitas vezes, eles atuam em segmentos semelhantes, competindo em serviços e produtos, mas se complementando por meio de parcerias e integração de tecnologias. 

Além disso, as fintechs costumam adotar processos 100% digitais, focados em inovação e rapidez, enquanto os bancos mantêm modelos híbridos e costumam representar mais solidez no mercado financeiro e segurança regulatória.

Por isso, ainda que tenham papéis diferentes, ambos são igualmente relevantes para o fortalecimento do sistema financeiro e a ampliação do acesso ao crédito no país.

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Referências

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